1. Ai de ti, devastador, que ainda não foste devastado, saqueador, que ainda não foste saqueado! Quando acabares de devastar, serás devastado; quando, já cansado, deixares de saquear, serás saqueado.

2. Senhor, tem misericórdia, de nós, porque (sempre) esperámos em ti; sê o nosso braço, todas as manhãs, a nossa salvação no tempo da tribulação.

3. À voz do teu trovão, fogem os povos, quando te levantas, dispersam-se as nações (inimigas).

4. Serão juntados os vossos despojos (ó Assírios), como se juntam gafanhotos, e lançam-se em cima (de vós, os vossos inimigos) como gafanhotos.

5. O Senhor é grande porque habita no alto; enche Sião de retidão e de justiça.

6. Serão seguros os teus tempos (ó Judá); a sabedoria e a ciência assegurarão a tua salvação; o temor do Senhor será o teu tesouro.

7. Eis que os que estiverem vendo clamarão de fora; os anjos (ou {1:embaixadores) da paz chorarão} amargamente.

8. Estão desertos os caminhos, ninguém passa pelas estradas; (o inimigo) rompeu a aliança, desprezou as cidades, não teve em conta os homens. (ver nota)

9. A terra chora e desfalece; o Líbano está em confusão e ressequido; Saron converteu-se num deserto; Basan e o Carmelo perderam a folhagem.

10. Agora me levantarei eu (contra os Assírios), diz o Senhor, agora me erguerei, agora me altearei.

11. Vós (ó Assírios) concebestes feno, dareis à luz palhas; o vosso sopro é o fogo que vos devorará.

12. Estes povos serão calcinados, serão como espinhos cortados que arderão no fogo.

13. Vós os que estais longe, ouvi o que eu fiz, e os que estais vizinhos, conhecei o meu poder.

14. Os pecadores foram aterrados em Sião, o medo apoderou-se dos ímpios. Qual de vós poderá habitar num fogo devorador? Qual de vós poderá habitar entre as chamas eternas?

15. Aquele que anda na justiça e fala verdade, que rejeita as riquezas adquiridas com a extorsão, que sacode de suas mãos todo o presente, que tapa os seus ouvidos, para não ouvir planos sanguinários, e fecha os seus olhos para não ver o mal,

16. esse habitará nas alturas (inacessíveis aos seus inimigos); as altas rochas fortificadas serão o seu abrigo; ser-lhe-á dado pão (em abundância), e a água nunca lhe faltará.

17. Os teus olhos verão o rei (dos céus) no seu esplendor, verão uma terra aberta ao longe.

18. (Então) o teu coração recordar-se-á do (seu passado) temor. Onde está (dirá ele) o escriba? Onde está o que tinha a balança? Onde está o que inspecionava as fortificações? (ver nota)

19. Tu não mais verás o povo insolente, o povo de falar obscuro, ininteligível, que balbucia palavras incompreensíveis.

20. Olha para Sião, cidade das nossas festas; os teus olhos vejam Jerusalém, habitação venturosa, tabernáculo que não poderá de modo algum ser transportado, cujas estacas não serão arrancadas, cujas cordas não serão partidas.

21. Ali é que o Senhor ostenta a sua magnificência em nosso favor, (protegendo-nos como) rios, canais larguíssimos, por onde não passará baixel (inimigo) a remo, nem grande embarcação atravessará. (ver nota)

22. Com efeito, o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso rei, é ele que nos há-de salvar.

23. O teu cordame afrouxou, já não segura o mastro, nem mantém estendidas as velas. Então se repartirão os despojos de muitas presas (que tinhas feito); os (próprios) coxos tomarão parte na pilhagem,

24. Nenhum habitante (de Jerusalém) dirá: Estou doente; o povo que aí habitar receberá o perdão dos seus pecados. (ver nota)





“Quanto maiores forem os dons, maior deve ser sua humildade, lembrando de que tudo lhe foi dado como empréstimo.”(Pe Pio) São Padre Pio de Pietrelcina